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A violência contra a mulher é um fato evidenciado em diversas cidades do Brasil. Os movimentos de mulheres há muito trazem a discussão de gênero no sentido de chamar a atenção das autoridades para a grande necessidade de criar políticas públicas para enfrentar essa mazela social. De fato desde a criação da Lei Maria da Penha a violência contra a mulher tem sido tema de grandes debates por parte de todos os poderes, juntamente com a sociedade civil organizada no sentido de traçar metas para enfrentar essa violência que permeia a nossa sociedade.

Em fevereiro do corrente ano um fato brutal, conhecido como “a barbárie de Queimadas”, deixou toda a sociedade brasileira estarrecida, em especial a população da cidade de Queimadas, interior da Paraíba onde ocorreu um estupro coletivo. A perplexidade não está só no crime de estupro e de assassinato, que indubitavelmente já é aterrorizador, e sim como e porque este crime aconteceu.  O fato ocorreu em 12 de fevereiro de 2012 e pasmem, o estupro coletivo foi um presente de aniversário!  Mulheres da cidade foram escolhidas com um único propósito de serem usadas sexualmente pelo aniversariante e por outros nove homens que também estavam na festa.  Durante a festa cinco mulheres foram amarradas e estupradas entre essas duas também foram assassinadas. Tudo foi friamente calculado e planejado pelo aniversariante.

Como seres humanos podem entender que uma violência tão covarde como um estupro pode servir de presente para alguém? Como homens podem se satisfazer com a dor e humilhação de mulheres que são violentadas?

Fato é que jamais poderemos esquecer tamanha brutalidade. Mulheres foram humilhadas, violentadas e assassinadas como parte de um plano bizarro e aterrorizador. Famílias foram destruídas. Dignidade desprezada.

A sociedade brasileira não mais pode tolerar que mulheres continuem sendo tratadas como mercadorias! É preciso fazer uma grande reflexão sobre este fato tão horrendo!

Indignação essa é a palavra!

Joyce Borges